Nos Bastidores da Política 04-09-2020 Haroldo Wöhl

Muito bem, eleitor. Chegou o momento de conhecer os candidatos na eleição municipal de 2020. As convenções municipais estão acontecendo. A justiça eleitoral determinou que de 31 de agosto a 16 de setembro sejam realizadas as escolhas e definidas as chapas de candidatos, a prefeito e vice e também de vereadores por cada partido. A chapa de prefeito e vice, majoritária por se dizer, pode ser feita em coligação entre dois ou mais partidos. Já, a chapa de vereadores, proporcional, deve ser pura, ou seja, candidatos de um só partido, não existindo mais a figura da coligação para escolha de parlamentares. Com estes dois parâmetros em mãos, os dirigentes partidários recebem a dura missão de conciliar os interesses eleitorais, pois é uma disputa pelos cargos e quem possuir mais votos ganha a eleição de prefeito. Por outro lado, para vereador, os partidos fazem contas, onde entra o quociente partidário e o eleitoral.

O quociente eleitoral determina quantos vereadores serão eleitos pelo partido para a Câmara Municipal, indicando o quociente partidário.  Se a chapa de vereadores de um partido recebeu 12 mil votos válidos e o quociente eleitoral é de 6 mil, então, o quociente partidário será dois e o partido terá direito as duas cadeiras,  os dois mais votados. As vagas remanescentes após a determinação do quociente partidário serão preenchidas através do cálculo de médias e atendendo a cláusula de barreira. Neste momento, os partidos estão buscando dentre seus filiados o preenchimento das chapas. No caso de Campo Largo, com onze vereadores, cada partido poderá lançar 17 (dezessete) candidatos, onde 11 (onze) devem ser de um único sexo, ou seja, numa linha, onze homens e seis mulheres. Na minha visão, conhecendo o quadro da maioria das legendas, em Campo Largo e por cima, analisando as listas registradas na justiça eleitoral, serão poucos os partidos que preencherão as chapas de vereadores. Numa outra corrente, dos mais de trinta partidos registrados, em Campo Largo, poucos terão representação parlamentar a partir de 2021. Não se pode esquecer que está eleição é atípica, devido a Covid 19, e a abstenção pode ser grande e assim, o número de votos válidos será menor, baixando o quociente eleitoral.