Apesar da proximidade do inverno, o clima esquentou na sessão ordinária do dia 22 de maio, na Câmara de Campo Largo, devido a retirada de pauta de uma proposição de reajuste do salário do prefeito, do vice-prefeito e de secretários. A princípio o reajuste do salário do prefeito tem uma relação direta com o aumento de salários para os médicos que atuam nas instituições públicas do município. Nenhum médico pode receber salário maior que o prefeito. A questão se prende ao fato de que alguns outros municípios remuneram bem melhor os profissionais da saúde, como Curitiba e São José dos Pinhais. Assim, Campo Largo perde seus médicos para municípios próximos. A relação entre o poder executivo e o poder legislativo passou por alterações no início de 2023, com a eleição de uma mesa diretiva divergente aos interesses do executivo municipal. A proposição para o aumento de prefeito e de vice prefeito passaria sem grande dificuldade, pelas alegações e justificativas prestadas. O impasse ficou por conta da inclusão dos salários dos secretários municipais. Do debate entre vereadores ficou claro que os secretários, já, haviam recebido aumentos e correções, em 2022, em torno de 16% (dezesseis por cento) e recentemente, em 2023, foi aprovado um aumento e correção de mais de 10% (dez por cento). O presidente da Câmara, vereador João D’Água e seu vice, o vereador Alexandre Guimarães, na Tribuna enfatizaram que para o salário do prefeito tudo bem, mas sem a inclusão dos secretários. Não se pode falar nada sobre o salário de vice prefeito, pois a gestão municipal, já, no início do mandato perdeu o prefeito eleito. Numa conclusão evidente, a proposição pode ser votada numa sessão extraordinária, sem os secretários imbutidos, para que a saúde municipal possa garantir os médicos nas unidades públicas.
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